Na área da acessibilidade e inclusão ouvimos muitas vezes termos como Tecnologias de apoio, ajudas técnicas, produtos de apoio... mas afinal o que são? Quais as diferenças?
Vamos começar por apresentar três definições que mostram a evolução das tecnologias de apoio:
Azevedo, Féria, Nunes da Ponte, Wann & Recellado, 1994:
Tecnologia de apoio é qualquer tecnologia que ajude a diminuir o hiato entre as capacidades de um indivíduo com deficiência e as exigências colocadas por uma atividade e pelo contexto em que esta se pretende realizar.
Cowan & Smith, 1999:
Tecnologia de apoio é qualquer dispositivo ou sistema que permite a um indivíduo realizar uma tarefa que não conseguiria realizar de outra forma, ou que aumenta a facilidade e segurança com que a tarefa pode ser realizada
Encarnação et al., 2015:
Tecnologia de apoio é qualquer dispositivo, equipamento ou sistema – adquirido comercialmente, modificado ou personalizado – usado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais de um indivíduo com deficiência
Conseguimos perceber uma evolução no conceito, ficando cada vez mais abrangente.
Mas afinal existe alguma diferença entre Tecnologias de Apoio, Ajudas Técnicas e Produtos de Apoio? Não! Todos estes termos são sinónimos, apenas são usados em diversos contextos.
Normalmente usamos o termo Produtos de apoio quando nos referimos à prescrição da Segurança Social, IEFP ou Ministério de Educação. O próprio sistema chama-se Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio (SAPA).
O termo Ajudas Técnicas é mais usado quando nos referimos a produtos de mobilidade e o termo Tecnologias de apoio é mais associado a produtos com tecnologia e inovação. Contudo todos os termos têm o mesmo significado.
Como selecionar uma tecnologia de apoio?
Identificação das atividades que se pretendem realizar
Aferir as capacidades
Avaliar o contexto
Informar e aconselhar
Não esquecer que a seleção da tecnologia de apoio deve ser feita com o acompanhamento de um profissional como um Engenheiro de Reabilitação, Terapeuta Ocupacional, Terapeuta da Fala, Técnico de Reabilitação, entre outros... ou por uma equipa multidisciplinar.
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Referências:
Azevedo, L., Féria, H., Nunes da Ponte, M., Wann, E., & Recellado, Z. (1994). HEART Report – Line E E3.2 European Curricula in Rehabilitation Technology Training. EUROPEAN COMISSION DG XIII, Telematics Applications Programme, Disabled and Elderly Sector.
Cowan, D., & Turner-Smith, A. (1999). The Models: Assistive Technology. In R. C. Care, With Respect to Old Age – Research Volume 2. London: Stationery Office.
Encarnação, P, Azevedo, L, Londral, A (2015) Tecnologias de Apoio para Pessoas com Deficiência, EMEC - Editorial do Ministério da Educação e Ciência.
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