A Chave de Fitzgerald foi criada originalmente em 1926 por Elizabeth Fitzgerald para ensinar crianças surdas a aprender a estruturar a linguagem oral e escrita corretamente.
Segundo Fitzgerald (1962), para compreender o procedimento a usar na aquisição da linguagem, desenhou uma linha entre a compreensão da linguagem e o seu uso, insistindo que a capacidade de visualização e compreensão estão intimamente ligadas e andam de mãos dadas durante o processo de aquisição de linguagem da criança. O seu trabalho conseguiu comprovar que a capacidade de classificação de palavras e pensamento e o seu uso na escrita subiu exponencialmente após o uso regular do seu método.
Principais objetivos de usar a chave de Fitzgerald na comunicação aumentativa:
1. Facilitar a leitura e procura dos pictogramas;
2. Facilitar a compreensão do significado
3. Estruturação frásica
A codificação que respeita a chave de Fitzgerald, e que tem sido amplamente utilizada no âmbito da Comunicação Aumentativa e Alternativa, facilita o reconhecimento e a localização dos símbolos e a organização das tabelas comunicativas. Os pictogramas são agrupados de acordo com o seu significado e função na frase com uma cor específica.
A autora recomenda o seu uso como um programa estrutural para todos os indivíduos de todas as idades, inclusive para estudantes com dificuldades de aprendizagem, auxiliando a realização da segmentação silábica e que facilita, em alguns contextos, o reconhecimento dos símbolos e a organização de tabelas, sobretudo quando queremos explorar os aspetos sintáticos da língua.
Abaixo encontramos um exemplo de uma tabela de comunicação com a chave e identificamos as categorias dentro da tabela.
Da mesma forma, esta chave permite que os utilizadores estruturem as frases através de um guia visual, que consiste em ordenar os pictogramas da esquerda para a direita, associando uma cor a cada categoria de palavras, como visionamos no vídeo.
Importa relembrar que os pictogramas podem ter a indicação da categoria de acordo com a chave de Fitzgerald com cor de fundo ou só no contorno, sendo importante priorizar os contrastes e o perfil dos utilizadores de forma a facilitar o acesso ao significado da célula.
É por isso que, embora seja possível alterar as cores, não o aconselhamos, exceto em casos muito específicos.
Adaptado de:
Fitzgerald E.M (1962) Straight Language for the Deaf: A System of Instruction for Deaf Children 9ed. Washington publisher
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